
“A Los Grandes é um time diferenciado”, diz Zerg sobre time de Wild Rift
O Esports GG Brasil conversou com Zerg e Hawk, membros da staff da Los Grandes no Wild Rift; confira
Adaptado do consagrado mundo de League of Legends, Wild Rift é um jogo mobile que vem aos poucos construindo sua história no cenário competitivo. Lançado em 2021, o jogo mostrou que a Riot Games realmente tem a “Mão de Midas” para criar seus games e se tornou um sucesso quase instantâneo. Logo em seu segundo ano, Wild Rift ganhou um circuito competitivo extenso e forte: o Wild Tour, a principal liga nacional da modalidade, organizada pela própria desenvolvedora.
Comprovando a força do jogo, diversas organizações tradicionais do cenário competitivo começaram a apostar em elencos para Wild Rift. O circuito conta, por exemplo, com a presença de Vivo Keyd, TSM Havan Liberty e Los Grandes. Para entender um pouco melhor sobre tudo o que rola no cenário competitivo, o Esporte GG Brasil conversou com o staff da Onda Laranja.
Além do quesito preparação, a conversa foi importante para ajudar a delinear as principais diferenças entre League of Legends e Wild Rift quando o assunto é cenário competitivo. Confira como foi a conversa com Hawk, treinador da Los Grandes, e Zerg, head manager da equipe.
Esports GG: A equipe conta com três peças novas para este ano, além do corpo técnico. Como está sendo alinhar os jogadores junto das estratégias do time?
Hawk: Alinhar os jogadores é um desafio, mas um desafio tranquilo e bom de lidar. Nós montamos uma line up bem completa, juntando peças e características que nossa antiga line não tinha. Uma das maiores vantagens é a duração do campeonato. Por ser um campeonato longo, nós temos tempo o suficiente para continuar melhorando e chegar nos playoffs de forma excepcional, e é o que vamos buscar. O mais importante é que todos os jogadores apresentam muita dedicação e força de vontade, todos são muito ambiciosos, e estão com vontade de vencer. Por isso, vamos continuar trabalhando para alcançar a excepcionalidade.

Esports GG: Depois de um ano bem movimentado no Wild Rift, muitos dizem que o verdadeiro ano competitivo está começando agora. Diversas equipes fizeram alterações em suas lines. Como você enxerga essas mudanças no cenário como um todo? Os times estão bem mais fortes?
Hawk: Um campeonato que dura 3 meses, como o que estamos jogando agora, acaba se tornando mais equilibrado e justo, diferente do último que foi bem curto, com poucos dias de competição. As mudanças no cenário geral são positivas e os times ficaram mais fortes pelo fato dos jogadores estarem mais maduros e experientes, o que possibilita um desempenho melhor nos grandes palcos. Acredito que de quatro a seis times hoje são os grandes destaques do campeonato, diferente do último ano que o vislumbre final era de apenas duas equipes.
Esports GG: Por mais que o Wild Rift seja um subproduto do League of Legends, existem diversas diferenças entre ambos. Ainda assim, existem táticas, estratégias ou até jogadas que são inspiradas no cenário profissional de LoL? Se sim, como é implementar elas em um jogo mobile?
Hawk: Sim, grande parte do jogo ainda é inspirado no League of Legends. Por exemplo, a TSM, que foi campeã do último torneio, tinha uma line up formada por jogadores do LOL e conseguiram implementar os conhecimentos e os conceitos de jogo no Wild Rift e tudo acabou funcionando. Claro, no WR algumas coisas funcionam em tempos diferentes, já que os jogos mudam os períodos de early, mid game, mas os conceitos podem sim ser aplicados.
Aqui na Los, eu e o Galileu conversamos bastante sobre isso, e ele me traz esse conhecimento do League of Legends. Ele já treinou a Rensga e tem sido fundamental para a equipe continuar evoluindo e trazendo novas estratégias para o nosso time. Outro aspecto positivo é que ele testa e, se não der certo, escuta e tenta de novo. Não temos amarras em nenhuma estratégia e sempre estamos buscando inovar para conseguir desenvolver novas formas de jogar e implementar o que dá certo no LOL para o WR.
Esports GG: O grupo que a Los Grandes caiu no Wild Tour tem equipes bem fortes. Como está sendo a preparação do time para as partidas desta temporada?
Hawk: O nosso grupo é bem difícil e é bem delicado de prever como a tabela vai acabar na última rodada. Por isso, a nossa preparação está sendo muito cautelosa e pensada rodada a rodada. Nós conseguimos vencer na estreia contra a Miners, com um grande desempenho da staff e dos jogadores, saindo tudo como planejado. E, seguindo isso, todas as preparações devem ser iguais a essa. Por ser um campeonato longo, os adversários também vão estudar a gente, e sabemos que toda semana devemos estar renovando nossas formas de jogar e melhorando ainda mais o que está dando certo. O importante é continuarmos com a dedicação máxima, com o foco nos playoffs, que é nossa primeira meta. Eu diria que está sendo uma preparação tranquila e com muito foco no nosso objetivo.
Esports GG: Para você, como é lidar com diferentes personalidades dentro do time? Existe uma forma de trazer personalidades diferentes para dentro do jogo e fazê-las trabalhar bem?
Zerg: Sim, quando eu comecei a montar a equipe principal, a escolha era baseada principalmente em personalidades que se completavam. Eu acredito que um time bom começa com sinergia e afinidade, ainda mais em um jogo que trabalhamos horas e horas juntos. Por isso os meninos precisam se encaixar dentro e fora do game, só assim é possível ser campeão. E eu posso afirmar que estamos no caminho certo.

Esports GG: Vocês contam com Téo em seu elenco, um jogador que se saiu bem na Só Agradece, equipe que dominou o cenário em 2021. Por já ter uma boa bagagem, o que ele tem agregado no processo de preparação?
Zerg: O Téo é um jogador excepcional dentro e fora do time e essa bagagem é muito importante. Essa experiência em campeonatos e o conhecimento que ele tem agrega muito ao time e foi o que transformou ele logo em capitão da equipe, pois todos confiam muito no trabalho e respeitam ele. Isso é algo muito positivo, porque com o time confiante e unido, isso trás um jogo excepcional, e isso pode ser visto dentro do jogo.

Esports GG: Quais são as maiores dificuldades de se treinar uma equipe de Wild Rift? Por ser um jogo no celular, vocês trabalham a questão de postura e posições confortáveis para se jogar da melhor forma? Neste sentido, o que a organização conseguiu trazer do Free Fire para o Wild Rift?
Zerg: A questão da postura é algo muito importante para os mobiles. Nós já estávamos em GH e muita gente jogava no sofá, tinha o costume de jogar deitado e por ser um jogo mobile, esses vícios precisam ser retirados o mais rápido possível, para você não se acostumar a jogar em uma posição que seja prejudicial. Pensando nisso, a gente foca bastante para se preparar para o campeonato, com os jogadores já treinando nas cadeiras e posturas corretas, na posição que eles jogam nos campeonatos da Riot, como o Wild Tour, e aguentem e se sintam confortáveis naquela posição, para que não fiquem com dores e não percam o foco no jogo. O nosso coach estratégico (Galileu) também é formado em educação física, o que ajuda bastante, já que ele sabe as posturas corretas, e é o fora de jogo que muita gente não enxerga. Mas são detalhes que fazem toda a diferença.
Esports GG: Claro que a intenção é sempre ser o melhor time, mas quais são as metas que você enxerga como indispensáveis que a Los Grandes realize neste ano?
Zerg: Para mim, a Los Grandes é um time diferenciado. Eu acho que a prioridade aqui sempre será as pessoas que estão do lado, pra crescer sempre é necessário pessoas boas junto com você. É indispensável que, além do time de Wild Rift e o troféu do Wild Tour, nós busquemos títulos em todas as outras categorias, porque aqui somos uma grande família e estamos sempre nos apoiando dentro das mais diversas modalidades de Esports que temos. Além de agradecer e dar a melhor torcida do Brasil o que ela merece, que são os títulos. Os torcedores da Los Grandes são apaixonados e incríveis por tudo que fazem por nós.
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